quarta-feira, 1 de dezembro de 2010


Muji

O conceito Muji é claro: produtos bem desenhados, funcionais, simples, que fogem da banalidade, com qualidade e preço justo. É essa simplicidade que as pessoas procuram na Muji. E fugir da marca, já que nenhum produto leva a marca". – Jordi Puig

A Muji começou como uma marca de produtos da cadeia de supermercados The SeiYu, Ltd. em Dezembro de 1980, tendo-se separado posteriormente e criado a Muji. A companhia foi desenvolvida de modo a tornar possível a oferta de uma gama de produtos baratos e de boa qualidade, usando o slogan “Lower priced for a reason”. Em 1983 abriu a primeira loja dirigida directamente pela Muji. Em 1985 começou a sua expansão além-fronteiras, tendo começado em 1987 a produzir fora do país. Em 1989 Ryohin Keikaku tornou-se o fabricante e retalhista de todos os produtos Muji, incluindo planeamento, desenvolvimento, produção, distribuição e venda dos mesmos. A companhia continuou a expandir-se por todo o mundo, abrindo lojas um pouco por todo o globo.

Em 2001, o internacionalmente conhecido designer gráfico Kenya Hara foi anunciado como director criativo da marca. Nesse mesmo ano a companhia associou-se à Nissan Motors e foi produzido o Muji Car 1000. Este carro de edição limitada, baixa emissão e preço reduzido, incorporou alguns materiais reciclados e seguiu a estratégia de “no-brand”, adoptada pela Muji desde o início, não contendo quaisquer logotipos no veículo. Em 2005 foi galardoada com cinco prémios de ouro pelo International Forum Design na Alemanha. Esta cadeia de lojas começou com apenas 40 produtos e hoje em dia tem mais de 8000, a sua vasta gama de produtos vai desde o vestuário à comida, passando por todo o tipo de objectos, de escritório, cozinha, camping, tendo dado agora os primeiros passos na fabricação de materiais de construção civil.

A Muji é uma companhia com responsabilidade ambiental, usando muitas vezes materiais reciclados e evitando a produção de desperdícios na fabricação e no acondicionamento dos produtos, sendo que inicialmente os produtos eram embalados apenas em papel celofane, com etiquetas castanhas escritas a vermelho.

Apesar de ter passado a ser reconhecida como uma marca, conseguiu chegar aos nossos dias com o mesmo conceito inicial de “no-brand”, pois os seus produtos não contêm qualquer logótipo e continuam com o seu conceito minimalista e funcional. A estratégia de “no-brand” significa que muito pouco dinheiro é gasto em publicidade, sendo que o seu sucesso se deve ao “passa-palavra”, à simples experiência da compra, ao movimento “anti-brand” e ao facto dos seus produtos serem atractivos para consumidores que preferem produtos sem marca por razões meramente estéticas. A Muji tornou-se mais um estilo de vida do que propriamente uma marca, podendo um consumidor adepto de um modo de vida simples e ecológico adquirir uma grande variedade de produtos a um preço acessível.





Iúri Coelho 7288


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