Crê-se que a Alpargata é um descendente da sandália egípcia. Por volta de 1830, os imigrantes bascos das montanhas dos Pirinéus levaram para a Argentina este tipo de sapato de lona leve – as Alpargatas. Quem os fabricavam eram os trabalhadores rurais que amavam o conforto e versatilidade dos sapatos e eram usados por muitos gaúchos (habitantes do campo da Argentina) nas suas longas viagens pedestres e a cavalo.
Com o passar do tempo, a Alpargata tornou-se um item crucial no guarda-roupa Porteño difundindo-se ainda para além de Buenos Aires. Tradicionalmente era feito apenas em preto ou branco o que se tornou o calçado de todos os dias para os argentinos.
Em 2007, Tomás Pando e o seu sócio Francisco Murray criaram a marca Paez que, com outras ajudas, compraram as suas próprias instalações em San Martín, um subúrbio de Buenos Aires. Os Paez são fabricados lá e sempre sob normas rigorosas garantindo o mínimo impacto ambiental. Nos últimos três anos, os sapatos Paez têm vindo a se difundir partindo da Argentina e agora são vendidos em cinco continentes.
Contrariamente a certas marcas concorrentes, a Paez continua a acreditar nas suas raízes e os seus sapatos são ainda produzidos originalmente onde começaram – na Argentina – pelo seu povo.
Pando, mencionou que a marca Paez produz cerca de 10.000 pares de sapatos por dia. Infelizmente começaram a produção em massa mesmo a tempo do colapso financeiro mundial, enquanto já haviam investido em novos empregados e ensiná-los como trabalhar na sua fábrica e, de um momento para o outro, perderam todo aquele investimento. Mas com o passar do tempo conseguiram superar toda aquela dificuldade.
A grande concorrência da Paez é a Toms Shoes que, deparada com esta situação crítica, teve a ideia de doar um par de sapatos a uma criança de uma comunidade pobre na Argentina, por cada par comprado. A empresa tornou-se assim muito bem sucedida o que facilitou a sua produção na China. Embora muitos dos produtores da empresa Paez reconheçam que a táctica de Toms defenda uma nobre causa, preferem o seu modelo de negócio que defende o meio ambiente e a Fair Trade que tem como objectivo empregar pessoas do campo e tirá-las da pobreza (já empregaram 30 famílias Argentinas na fábrica Paez em Buenos Aires). Todos os seus produtos são pensados para serem inteiramente ecológicos, inclusive as malas em que os sapatos são vendidos.
Na Paez reconhecem a importante ligação que existe entre criar produtos de boa qualidade, e ao mesmo tempo ajudar os seus trabalhadores. Cada trabalhador Paez está registado de acordo com a Lei do Trabalho Argentina, recebe uma remuneração justa e uma instrução técnica constante, obedecendo a Programas de Educação Contínua Paez.
Pando defende uma filosofia de trabalho que emprega pessoas independentes e que estão interessados em trabalhar com algo novo, fazendo esta companhia crescer mutuamente. Esta táctica parece estar a dar fruto e por consequência esta empresa tem se tornado muito forte e tido uma enorme expansão a nível mundial.
As PAEZ são um sapato confortável argentino com uma lona macia superior, um forro de algodão macio, uma palmilha de couro almofadada, e uma sola de borracha EVA para tracção.
É um sapato que, no acto de compra, deve ser tido em conta que, deve estar apertado ao pé da pessoa para que não escorregue no calcanhar, pois o seu tecido tende a esticar conforme o uso de modo a que fique totalmente confortável. Não deve ser lavado à máquina e é normal que após várias lavagens a sua cor tenda a clarear.
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