quarta-feira, 23 de março de 2011

Conferência de Novas Idéias

            Instituto de Pesquisa Tecnológica – IPT
O IPT é um dos maiores institutos de pesquisas do Brasil. É vinculado à Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia do Estado de São Paulo e colabora para o processo de desenvolvimento do país há mais de 100 anos. Atua nas áreas de inovação, pesquisa e desenvolvimento, serviços tecnológicos, desenvolvimento e apoio metrológico, informação e educação em tecnologia.
Oferece soluções e serviços tecnológicos a setores públicos e privados a fim de aumentar a competitividade das empresas,  promover a qualidade de vida e colaborar no desenvolvimento do país.
Números IPT
            A sede do IPT fica situada na Cidade Universitária, em São Paulo. Possui 12 centros de unidades técnicas, 275 laboratórios e mantém 160 estagiários e bolsistas. Sua produção científica no ano de 2009 foi de 36.805 documentos técnicos emitidos.
            Investimentos (2009)
Os investimentos destinados ao IPT são tanto Estatais, quanto de parceiros como Petrobras, Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
São gastos em obras e equipamentos, R$49,3 milhões. Estes gastos fazem parte de um plano para o triênio 2008-2010 que totaliza R$181,1 milhões de investimentos, todo ele destinado à habilitação de seus laboratórios.
Pesquisa
Dentre os 13 Centros Tecnológicos existentes no IPT, encontra-se o Centro de Têxteis Técnicos e Manufaturados (CETIM). O CETIM se divide em dois laboratórios: o Laboratório de Têxteis e Confecções (LCT) e o Laboratório de Calçados e Produtos de Produção (LCPP).
O CETIM fornece soluções tecnológicas para produção, desenvolvimento e verificação da conformidade de produtos nas áreas têxtil, confecções, couros, calçados e equipamentos de proteção individual e coletiva (EPIs e EPCs). Oferece serviços especializados para caracterização e avaliação do desempenho de materiais, baseados em normas nacionais e internacionais, bem como capacitação para auxiliar no desenvolvimento de pesquisas, visando à otimização e à criação de novos produtos e materiais, em processos balizados pela minimização dos impactos ambientais na produção, uso e descarte final (http://www.ipt.br/centros_tecnologicos/CETIM).
Tecnologia aplicada à Moda.
- Tingimento Termocrômico
            A tecnologia aplicada ao setor têxtil e de confecção ocorre tanto pela constante demanda dos consumidores por novos produtos - que atendam suas exigências - como também por parte dos pesquisadores (universidades, institutos e indústria).
Um exemplo desta tecnologia aplicada é a coleção Primavera/Verão 2007, da estilista Angel Chang, conforme mostrado na figura abaixo:

              Figura 1: estampa com tingimento termocrômico.
Map tee – Desenvolvimento em parceria entre a New York University e a estilista Angel Chang para a coleção Primavera/Verão 2007. A estampa foi feita com tingimento termocrômico, permitindo mudança de cor do tecido por meio da aleração da temperatura do corpo e/ou do ambiente. Fonte: www.angelchang.com/ .
Solução semelhante foi apresentada na SPFW em 2009 por outra parceria entre estilistas e empresas. A Animale enviou algumas amostras de tecidos para a BASF, que realizou os testes e ofereceu receitas de tingimento para a coleção de inverno da marca. O tingimento que as roupas ganharam é uma mistura de pigmentos termocrômicos e pigmentos normais com outros produtos para fixação da cor, amaciamento do tecido entre outros.
A mistura de pigmentos termocrômicos com pigmentos normais resulta numa nova cor. Quando a temperatura corporal atinge 31°C, o pigmento termocrômico fica branco e, nas zonas com temperatura inferior,  prevalece a cor do pigmento normal, enfatizando ainda mais o efeito de mudança.



Fig. 2 e 3:  Animale – Inverno 2009, parceria com BASF.

            - Biocouture

            http://www.youtube.com/watch?v=WVW-jSdhILs
A pesquisadora Suzanne Lee, do Central Saint Martins College of Art and Design, desenvolveu um material proveniente de bactérias, cultivadas em laboratório que pode ser usado para produzir roupas. Este material provém da fermentação do chá verde e à medida que a bactéria digere o açúcar, vão se formando as fibras de celulose. No final do processo o “tecido” pode ser confeccionado e, se estiver úmido, pode ser moldado. As fibras podem ser tingidas com corantes de base vegetal.
A pesquisa visa abordar a questão ecológica e sustentável da moda. Algumas peças deste projeto estão em exposição no Museu da Ciência, em Londres. 

 







Fig. 4; 5; 6; 7 e 8: Peças do projeto Biocouture.

Referências
IPT, site oficial. Disponível em http://www.ipt.br.
Biocouture, site oficial. Disponível em http://www.biocouture.co.uk/.

Maria Silvia Pereira Grisolia

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