Por mais do que uma vez visitei a loja Ralph Lauren em Londres, na New Bond Street e de todas as vezes me senti em casa. Como que em férias na montanha, numa casa antiga e luxuosa, com o frio lá fora e uma lareira quente à minha frente, sofás de couro velho e pormenores indispensáveis para o conforto que estes dias pedem, como almofadas, quadros de “antepassados”, tapetes gigantes, madeira por todo o lado, mesmo que na realidade estejam 30ºC na rua. Faz lembrar também um clube americano reservado a uma elite de pessoas influentes, refinadas e de grande importância, visualizo pessoas em tertúlia, falando discretamente ao som de jazz, entre uma nuvem de fumo de charutos e cachimbos.
A ideia é evocar um local frequentado pela alta sociedade nova-iorquina para que o comprador se sinta não só num ambiente elegante e familiar como, principalmente, compelido a comprar as coisas bonitas que a loja contém que vão desde o mais simples pólo, ao vestido de noite mais distinto, passando por acessórios até ao andar inferior, onde se vende o próprio ambiente, com a Ralph Lauren Home. Esta tornou-se ao longo dos anos a marca mais forte na “Lifestyle Industry”, baseada no ideal de Lauren em relação à existência americana. E multiplica-se em várias outras marcas, como Club Monaco, Polo, Rugby e as várias "Labels," mais ou menos acessíveis, mas sempre aspirando a esse tal modelo de vida entre o citadino luxuoso e o country confortável.
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