quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Pop up 3 - A moda como Linguagem

A moda como Linguagem

A moda é uma linguagem simbólica que ultrapassa a sua função de protecção para significar o indivíduo na sociedade. Ela é uma espécie de identidade que fala da sua condição ou opção social, profissional e sexual. Em todas as épocas, a roupa, além de sua função, explicitou significados como uma embalagem que protege, embeleza, decora e identifica o produto. Com as suas cores e estilos, o vestuário é um dispositivo da condição social e cultural através do qual o homem atende suas necessidades de comunicação e expressão.


A leitura do vestuário mostra a multiplicidade, as diferenças e as contradições da sociedade. Existem factores, tais como: a cor, o tipo de tecido ou o estilo do uniforme associados às profissões, crenças, identificação de classe e estações do ano. Podem informar o destino do usuário, a cada lugar um código ou um estilo.


A moda do vestuário aproximou-se da vanguarda, no processo das revoluções nas linguagens artísticas, cada época tem as suas vestes e elas integram o individuo ao meio ambiente social, cultural, tecnológico e ao grupo social. A moda pode acentuar também a divisão de classes, ou ao contrário: participar das contestações sociais. Com os Beatles, o exotismo e os hippies que apresentam um estilo naturalista descontraído, nos finais da década de 1960, a roupa tinha um sentido crítico, em aparente contradição com a moda corrente, imposta pela indústria da moda, produto da revolução industrial.


A partir da modernidade, designers e artistas passaram a interessar-se por desenhar roupas e objectos que atendessem à funcionalidade do mundo moderno. Os construtivistas russos criaram a roupa do trabalhador, cuja principal preocupação era a funcionalidade. Os futuristas italianos pregaram a necessidade de uma roupa confortável, prática, agressiva ágil e alegre, decorada eventualmente por lâmpadas eléctricas. Os surrealistas e dadaístas posicionaram-se ironicamente, apropriaram-se da roupa como um instrumento de transformação da linguagem da arte.

 
Desta forma entende-se que a moda é um dialogo, onde o sujeito consegue exteriorizar por meio da roupa, desejos, realizações e aspirações em uma reorganização estética presente na sociedade.

Realizei uma pesquisa de imagens de várias pessoas de variados países, para observar o que acabei de falar. Recolhi imagens de sete cidades diferentes e verifiquei que dentro das mesmas cidades existem variadíssimas pessoas com variadíssimos estilos, que provêm de diferentes ideologias e que utilizam o vestuário como forma de expressão.















Loja - A outra face da Lua


Roupa Vintage

De tempos a tempos a moda renova-se. O que estava “out” passa a ser “fashion”. Vai daí e o vintage está de volta. A distinção dos cortes, a originalidade dos padrões e a diferença de estilos são características de um género retro que marcou as décadas de 20 a 80.

Apesar da difícil sobrevivência das lojas de roupa vintage, hoje em dia a procura deste tipo de lojas  tem vindo a aumentar.


A Outra Face da Lua


A Outra Face da Lua, é uma loja de artigos vintage e também salão de chá, situada na Rua da da Assunção em Lisboa.

A loja faz parte de uma cultura vintage que acredita que vale a pena preservar a história e ao mesmo tempo reciclar os bens existentes, promovendo a originalidade. Além do tipo de roupa vintage, o espaço acolhe um salão de chá que inspira, com sabores exóticos, quem lá vai experimentar produtos originais dos anos 50, 60 e 70. Esta loja, para que cada cliente se sinta que todas as peças se possam adaptar a si, presta o serviço de arranjos à medida.

A Outra Face da Lua é também distribuidora de roupa vintage, papel de parede e brinquedos.
 

Entrar nesta loja é como recuar uns anos e sentir que entrámos na magia dos anos 60.
A decoração é muito atraente e colorida.

Os principais elementos decorativos são os materiais que vendem ba loja, como o papel de parede e como as cortinas.

As lojas vintage tentam criar ambientes muito atraentes e confortáveis através da decoração como forma de captar a atenção do consumidor, distinguindo-se deste moda das lojas típicas dos centros comerciais. 


Público-alvo

O público-alvo deste tipo de lojas de uma forma geral são pessoas que gostam do conceito de reutilizar tanto peças de vestuário como acessórios, viajando no tempo através destas mesmas. São pessoas que se interessam por peças tão bonitas e tão bem feitas como as de alta-costura de hoje em dia, por muito menos do que o que pagaria pelas roupas banais do centro comercial.


Comparação com outros mercados:

Este tipo de lojas em 2ª mão atraem um grupo muito mais restrito e específico de pessoas comparado com o  comércio tradicional. Por essa razão o número de lojas deste tipo é muito menor.

O facto de serem lojas pequenas e com um mercado muito restrito faz com que seja difícil estas lojas se tornarem em marcas massificadas.

A maioria destas lojas de 2ª mão não têm uma margem de lucro muito significativa, o que leva muitas das vezes ao encerrar destes estabelecimentos. Por esta razão, algumas destas lojas não estão abesrtas a tempo inteiro, chegando mesmo a fechar durante a época de saldos  das lojas mais comuns.




Ponho este mapa apenas para comparar o pequeno número de lojas deste tipo em relação ao número muito mais elevado de lojas da marca Benetton na mesma área, Lisboa.


Loja - Benetton






História da marca
A empresa tem suas origens no ano de 1955

Quando pensamos na Benetton, pensamos imediatamente num mundo de cores intensas e variadas. Isto deve-se ao facto de Luciano Benetton, aos 20 anos de idade ter trabalhado como vendedor em Treviso e ter percebido que as pessoas queriam cores nas suas vidas, em especial nas suas roupas.

A aposta de Luciano foi marcada pela diversidade das cores, criando a mensagem comercial - United Colours of Benetton. Essa ideia da cor tornou-se mundialmente conhecida e um dos ícones da marca.

O património Benetton, em 2010, foi avaliado pela Forbes em 1,7 mil milhões de euros.

Expanção e Massificação da Marca

A marca apostou no mercado doméstico nos dez primeiros anos de vida, tendo conseguido abrir mais de 200 lojas nesse período.

Em meados dos anos 70 a empresa passou a prestar mais atenção aos outros mercados europeus.

A década de 80 começa com a inauguração de uma enorme loja na Madison Avenue em Nova York, ingressando no mercado americano e uns anos mais tarde no mercado japonês.

A estratégia da BENETTON, nesta época passava pela internacionalização e diversificação dos produtos da marca.

A empresa nasceu do espírito de um génio do marketing, que soube transformar um insignificante negócio familiar num dos maiores e mais revolucionários impérios da indústria da moda. 




Imagem da marca - Campanhas Publicitárias
A firma italiana de indústria e comércio de roupas Benetton é conhecida mundialmente por um tipo de publicidade institucional de estilo polémico.

Foi através da sua publicidade que a marca Benetton tornou-se não apenas uma empresa de roupa, mas quase uma instituição que visa provocar a controvérsia através da publicidade que apresenta. Já não é para vender um produto que a publicidade actual é difundida, mas sim para criar e manter uma imagem.


Retrata temas polémicos e delicados como o racismo, a guerra, a SIDA, a política, a religião e sobre a ajuda humanitária..









Uma das razões pela qual escolhi fazer este trabalho sobre a Benetton, foi exactamente o marketing, as campanhas publicitárias desta marca, a imagem e os valores que esta tenta transmitir através de campanhas que chegam mesmo a ser chocantes. 

Público Alvo

Uma das razões do sucesso da marca é a vasta quantidade de produtos oferecida  destinada a todos os públicos: mulheres, homens e crianças. Agradando a  estilos mais clássicos como a estilos mais irreverentes.
Daí o facto de já nem todas as suas peças se basearem numa "explosão de cor", mas também aparecerem cores mais calmas, não tão vibrantes, para pessoas mais reservadas.

Diversidade e Qualidade dos Produtos

Para além desta marca ter produtos para mulher, homem e criança, esta é conhecida pela qualidade dos seus produtos e pela sua diversidade, indo de vestuário, a acessórios, calçado e perfumes.


Ana Rita Ferreira nº 7277 
(Eu já apresentei à algum tempo, mas esqueci-me por completo de por os trabalhos no blog. Desculpe professora).


quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Lojas Gardénia


As Lojas Gardénia são um ícone de moda e uma enorme referência em Lisboa.
Conhecida por todo o país, é caracterizada pela sua unicidade e originalidade. Consegue combinar o vintage com o moderno, e o clássico com o urbano.
A Gardénia dispõe aos clientes marcas como DKNY, Custo Barcelona, Melissa, Gues, Fly London, Diesel, Killah, Miss Sixty, Desigual, entre outras.

A sua selecção de artigos alternativos, atrai individuos de várias idades e com vários gostos. 





Os seus estabelecimentos são únicos, com espaços agradáveis, acolhedores, e com uma decoração bonita e apelativa.



A loja mais antiga encontra-se na Rua Garret, e chama a atenção pela sua fantástica arquitectura centenária, desenhada por Raúl Lino.


Podem-se encontrar também outra loja na Rua Ivens, e no Centro Comercial Dolce Vita. Em 2009 deu-se a abertura de mais um estabelecimento Gardénia no Centro Comercial Vasco da Gama, no Parque das Nações.

O atendimento é caloroso, atensioso e simpático. Sentimo-nos à vontade de ver, tocar, vestir e calçar.
Os funcionários são dinâmicos e pró-activos, com um espírito jovem e livre.

Nádia Domingos 7301

Ás de Espadas



A Às de Espadas é uma loja vintage muito recente, porém promete vir para ficar. Aberta a 5 de Julho de 2010, esta loja tornou-se importante e marcante pelo seu vasto leque de peças antigas, desde os anos 20 aos 90.

É uma loja pequena, com tudo arrumado de forma a levar-nos ao passado ou ao “sótão da avó”. Esta era a intenção de Bruno Lopes, um dos sócios, que  abriu a loja com o amigo Tiago Andrade. Ambos percorreram vários leilões para obter peças únicas vintage, formando uma vasta colecção.
Está previsto que para o ano de 2011, a Às de Espadas reabrirá num novo espaço, maior, central e com um conceito ainda mais diversificado.




Nela, podem-se encontrar peças de vestuário outrora usadas, sapatos, acessórios, malas, chapéus, e até revistas e discos de outras décadas bem distantes.


Para além de todo o conceito e espírito vintage, estão também disponíveis peças e artigos que passam pelos chamados estilos “gótico”, “punk” e “rock”.
Não são apenas as peças e os acessórios que dão um ar delicado e nostálgico à loja, mas também a sua decoração clássica, serena e elegante que é uma mais valia para chamar a atenção do indivíduo.







Nádia Domingos 7301

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

XUZ


Para além de uma marca de sapatos, é essencialmente um conceito, a tradição aliada à inovação.
Desde que foi constituída, em 2008, a Xuz apostou na criação e produção de socas em madeira, produto que as fundadoras, Carmo Alvim e Rita Melo, se lembravam de usar na adolescência e que tinha desaparecido do mercado português.
















Conhecidos por tamancos e socos, eram antigmente utilizados como meio de protecção na realização de trabalhos agrícolas, tratando-se assim de um tipo de calçado das classes inferiors. Quando utilizados por senhoras eram designados por tamancas ou socas.

Estes sofriam alterações de acordo com a localização geográfica para que eram destinados. Nas terras do litoral, o pau do tamanco é raso. No interior o tamanco começa a arquear a biqueira. Já nas terras bravas das Serras, o tamanco arqueia ainda mais, cingindo o couro mais ao pé, para melhor se acomodar ao terreno e à marcha.







Até hoje é possivel encontrar pequenas oficinas onde se continua a fabricar este tipo de calçado para um reduzido numero de clientes que o preferem a calçado de materiais plásticos ou outros, para enfrentar tanto o calor no Verão, como a humidade e o frio dos Invernos no campo.



Desta maneira, a marca foi à procura em Portugal de quem se dedica a trabalhar a madeira, a cortá-la, afagá-la, e a aperfeiçoar a técnica manual de fazer o “pau” do soco, numa tradição que passou de pais para filhos e de avós para netos. Encontraram o “pauseiro” em S.João da Madeira, terra de tradição na indústria do calçado.
Em Barcelos encontraram o “tamanqueiro”, que trabalha e molda a pele e a adapta colocando-a milimetricamente de forma a conseguir socos únicos.









O processo de fabrico da Xuz é totalmente artesanal, pelo que cada sapato leva, pelo menos, três semanas a ficar pronto. É usada madeira de amieira, muito leve e resistente, e vários tipos de pele. À sola acrescentou-se uma plataforma de borracha para tornar o andar mais cómodo. 



A marca orgulha-se de apresentar peças únicas, no sentido em que são criações que nascem a partir do artesanal, pegando na tradição, aliando-a às tendencias da moda, sempre femininas e juviais. Além disso a produção é feito num numero reduzido no sentido de valorizar a ideia da exclusividade.



Em relação à estratégia da marca, a Xuz não dispõe de loja própria nem está prevista alguma abertura próxima, funcionando, apenas, através de 70 pontos de venda espalhados pelo país.

Relativamente a planos futuros, nos próximos dois anos o objectivo passa por consolidar os mercados onde a marca já está presente e garantir novos mercados, que já estão a ser trabalhados, como Espanha, Inglaterra e com especial destaque a Alemanha, no sentido de captar um mercado externo pronto a comprar artigos genuínos, de qualidade, não massificados e com processos de fabricação responsáveis