quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Skunkfunk



A aventura começou em 1996 com uma simples colecção de T-shirts evoluindo em colecções mais amplas. Dos festivais de música para desfiles e feiras internacionais ao fazer um trabalho de vendas porta a porta. Começou em estreito contacto com os clientes e consumidores, que empurrou para permanecer fixo num espaço comercial ainda mantendo a ideia inicial de fazer algo fresco, divertimento, funky e acessível ao mesmo tempo. A Skunkfunk fazer-se sentir em mais de 450 lojas independentes na Europa Ocidental, Grécia e Rússia. Em Portugal, pode ser encontrada um pouco por todo o lado, mas com mais facilidade nas lojas exclusivas do Chiado e do Bairro Alto, assim como em Faro e Coimbra.




“People do Funk” é o mote da campanha utilizada pela Skunkfunk para dar a conhecer as suas roupas através daqueles que mais as utilizam.
Um dos exemplos desta versatilidade é a roupa reversível e separável da Skunkfunk. Basicamente, cada peça pode dar origem a outra, sem que assim perca a sua originalidade e adaptando-se a diversos ambientes e situações, com o seu design a conferir “individualidade e espírito prático”. Skunkfunk sugere haver interacção com as roupas, não se destinam a obrigar o consumidor a assumir um certo estilo, bem pelo contrário, adaptar o consumidor na rua com a imaginação.

A marca não investe em campanhas publicitárias dispendiosas, que provocariam um aumento dos preços do nosso vestuário, prefere concentrar-se em “produzir vestuário duradouro em termos de materiais e de moda – roupas versáteis, que permitem aos clientes sentir-se confortáveis, confiantes e com estilo. A Skunkfunk não segue as últimas modas, porque o seu design veio para ficar. Na Skunkfunk, o objectivo é manter os pés assentes na terra.
Também não gasta dinheiro em campanhas publicitárias que assumem quantias exorbitantes. Pelo contrário, pede às pessoas que utilizam roupas ou acessórios da marca no seu dia-a-dia que se fotografem em situações completamente banais (ou não) e as enviem para o seu site.

O verde não é apenas uma tendência ou um conceito comercial. Green é uma filosofia. A marca usa materiais mais sustentáveis e processos de fabricação. Utiliza igualmente fibras de proteína de soja, algodão orgânico e tecidos de bambu, como de costume, bem como o cânhamo orgânico, de poliéster reciclado (garrafas plásticas recicladas), e bambu fiado casca.
Para continuar com processos sustentáveis, a Skunkfunk comprometeu-se a uma política AÉREO NO para reduzir a poluição proveniente dos transportes. As roupas chegam às lojas em sacos plásticos biodegradáveis para levar o produto aos clientes de forma mais eco-friendly.

A Skunkfunk lançou à pouco tempo o Street casting que é concebido para que as pessoas interagir com a marca, tanto quanto possível. Trata-se de ir para as ruas com um fotógrafo, um estilista de moda e algumas das nossas roupas da estação e misturando-os com os estilos de moda das pessoas que encontramos pelo caminho. O vestuário da colecção combina com os estilos das pessoas.

domingo, 14 de novembro de 2010

El Dorado


A El Dorado foi a primeira loja de roupa a abrir no Bairro alto em 1978.
Trata-se de uma loja que vende peças e acessórios retro/vintage.



Para além de uma loja de roupa, trata-se também de uma discoteca onde se poderá encontrar vinis para todos os gostos.

A loja mantém um ambiente acolhedor e vintage, assim como a imagem dos seus funcionários. Proporciona também um atendimento muito prestável.
Na loja pode-se também encontrar outros tipos de estilos, para além do retro/vintage.
Susana Marques









segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Andrea Crews

Andrea Crews é um colectivo liderado por Maroussia Rebecq que actua entre arte e moda, congregando estilistas, ilustradores, músicos, directores de vídeo e artistas performativos. Combinando vários aspectos da criação contemporânea, apresentam colecções em forma de performances, happenings e vídeos. Em oposição à uniformidade dominante, Andrea Crews enfatiza a criatividade, experimentação e independência individual.

· Moda
Andrea Crews cria roupas e acessórios, originais, únicos e adaptáveis. O processo é baseado num jogo com os códigos de vestuário. A primeira fase experimental consiste na reinterpretação de roupas em segunda mão, clássicos de outras marcas (conseguidos de fins-de-stock ou comprados em promoções). Cada peça é tratada individualmente, de acordo com sua a função inicial e o seu potencial. Os protótipos são então seleccionados de acordo com um tema criado a cada temporada, a fim de formar uma coleção simples e inusitada. Andrea Crews também imprime básicos em associação com seus artistas associados (sweat-shirts / t-shirts), que são editadas em série limitada: screenprintings, desenhos, flockings em cores e materiais alucinantes,…


· Arte
Andrea Crews interfere com o espaço público, centros de arte, galerias e convida artistas provenientes de diferentes origens, mas decorrentes do mesmo universo pop, experimental e lúdico. Mais do que formas, Andrea Crews valoriza a energia criativa. A sua oficina é uma plataforma proficiente onde a arte e a moda estão interligadas. O vestuário é um meio, a pilha de uma fonte inesgotável de inspiração. Entre a arte ingénua e contracultura underground, o grupo dirige flash vídeos, esculturas vivas, cenários inesperados, performances festivas e festas incríveis,…

· Activismo
Andrea Crews funciona numa economia de desenvolvimento sustentável. Designers, técnicos e estagiários trabalham em conjunto num projecto comum que envolve uma revalorização das competências de todos. A dinâmica de Andrea Crews é uma fonte de interações culturais, técnicas e humanas, sendo o seu conceito ético e inovador baseado num sistema de auto-produção, o que permite também dar início a projectos independentes. Andrea Crews toma parte no mundo da criação como um espaço de resistência e liberdade.

The Uniform Project

· Missão
Revolucionar a forma como as pessoas percebem a moda ética e a responsabilidade social local no centro da cultura de consumo. Usar a moda como veículo para fazer actos de caridade mais inspiradores e divertidos, permitindo que individuais se apresentem como modelos de estilo, sustentabilidade e consciência social.

· História
O Uniform Project ™ teve início em 2009 quando a jovem Sheena se começou a sentir perdida na sua carreira publicitária. Para contrariar estas as ondas sem inspiração, ela apareceu com um desafio criativo inovador: usar o mesmo vestido durante um ano inteiro. Mas, e este o verdadeiro desafio, fazê-lo parecer original e único a cada dia, sem nunca comprar nada novo. O desafio foi também projectado para ser um angariador de fundos online, arrecadando dinheiro para colocar crianças carentes na escola.
Assim, em Maio de 2009, com a Moda como sua intermediária e a educação como sua causa, a fundadora do U.P., Sheena Matheiken, lançou o Uniforme Project, comprometendo-se a usar o seu vestidinho preto durante 365 dias como um exercício de sustentabilidade e arrecadação de fundos para apoiar a Akanksha Foundation- uma organização sem fins lucrativos que visa proporcionar educação às crianças que vivem em favelas indianas. E, durante um ano, Sheena reinventou o seu vestido, utilizando apenas acessórios feitos à mão, vintage, reciclados ou doados.


Quase de imediato, Sheena e o U.P. foram alvo de grande atenção por parte da comunicação social. O projecto foi destaque em muitas das principais publicações mundiais (como New York Times, The Guardian, CNN, BBC, London Times, LA Times, MSNBC, NPR, PBS, Vogue, Elle, Glamour, Marie Claire), centenas de blogs de moda, cultura, moda e design, bem como programas de TV de todo o mundo. Até o final do desafio de um ano, o site do U.P. recebeu mais de 2 milhões de visitas e angariou mais de $ 100.000 em doações para a Akanksha Foundation, tendo Sheena sido até nomeada como uma das mulheres Elle Magazine do ano de 2009.
O U.P. tem agora uma sequência de apoiantes internacionais, alguns dos quais se juntaram a Sheena para formar a Uniform Project company. O U.P. está agora no seu segundo ano, ampliando o seu modelo do primeiro ano para uma plataforma de convergência global de humanitarismo, moda, sustentabilidade e comércio social numa missão em curso.








sábado, 6 de novembro de 2010

Loja das Meias






LOJA DAS MEIAS

HISTÓRIA

Inaugurada em 1905, no Rossio, a Loja das Meias começou somente com as especialidades de meias e espartilhos. A sua história estará sempre associada à historia da cidade de Lisboa e à cultura dos Lisboetas, uma vez que esta trouxe o bom gosto, a classe, e o requinte.

Esta loja, ao longo dos anos, foi sofrendo remodelações e inovações que sempre causaram sensação.

Na década de 20, foi-lhe instalado o primeiro elevador em estabelecimentos comerciais e aumentadas as montras. A Loja das Meias é também conhecida pelas suas fantásticas montras, montras essas de grande importância onde foi introduzido o conceito de montra temática.

Por volta de 1933, a loja é ampliada e criadas novas secções. É o caso da Secção de Perfumaria, a Secção de Acessórios, com carteiras, cintos e bijuteria, a Confecção de senhora por medida. Aparecem também as primeiras meias de vidro (nylon) que fizeram grande sensação na época.


Com o inicio da Segunda Guerra Mundial, várias personalidades, como é o caso de Elsa Schiaparelli, Duque de Windsor, Jean Renoir, Guillermina Surggia, entre outros, passaram por Lisboa e foram clientes da Loja das Meias.

Na década de 60 a Loja das Meias soube aproveitar a prosperidade e originalidade da época e fez a sua terceira remodelação, este passo, por sua vez, modernizou e ampliou a loja, dando um grande desenvolvimento comercial: o aparecimento das mais conceptuadas marcas internacionais e a criação do primeiro balcão da Estée Lauder em Portugal.

Os anos 60 trouxeram um grande poder de compra aos jovens, a própria loja adaptou-se a este tipo de clientela, oferecendo uma impressionante selecção de pronto-a-vestir, importando sobretudo da talia, França e Inglaterra. Introduziu também grandes marcas como Daniel Hechter, Charles Maudret, Christian Dior, Mary Quant, Led Lapidus, entre outras.

Na secção de acessórios começam a ser comercializados sapatos Christian Dior, e é criado um novo sector de vendas- artisgos Sportswear.

No final dos anos 60, a Loja das Meias introduziu pela primeira vez em Portugal os jeans, da marca Levi’s.


Por volta de 1971, a Loja das Meias abriu o seu segundo estabelecimento num centro comercial, na Rua Castilho. Com o 25 de Abril, parte do seu stock era produzido em Portugal, o que deu grande impulso a imensas fábricas de confecções portuguesas.

Em 1981, a Loja das Meias expande-se mais uma vez, abrindo o seu terceiro estabelecimento no Centro Comercial das Amoreiras, e em 1995, esta abre no centro histórico de Cascais.

Ao longos dos anos, a Loja das Meias continuou a sofrer alterações e remodelações, que ajudaram a manter os seus estabelecimentos sofisticados e acolhedores.

Em 2007 dá-se o encerramento do primeiro estabelecimento da Loja das Meias, situado no Rossio.




CONCEITO

A Loja das Meias foi ao longo das décadas um local obrigatório de passagem, tornando-se num ícone de moda em Portugal. Destacando-se pela sua qualidade, modernidade, exclusividade e inovação, esta está aliada a grandes nomes da alta costura internacional – Stella McCartney, Boss, Dior, Dolce&Gabbana, Lanvin, Marc Jacobs, Prada, entre outros.

Esta tem disponível não só peças de vestuário, como também produtos de beleza e acessórios; a Loja das Meias apresenta os serviços de Alfaiataria, Camisaria, Centro de Beleza Estée Lauder e Espaço Spa. A loja é direccionada para um determinado tipo de clientes, clientes esses com algum poder económico, visto que os preços dos artigos disponiveis são bastante elevados.

Reconhecida pela sua fantástica apresentação, esta renovou-se ao longo dos tempos, acompanhando gerações, tendências e épocas.


A Loja das Meias foi pioneira na criação das montras temáticas em Portugal, apresentando-as sempre com a maior qualidade e bom gosto, deliciando o olhar dos consumidores.

As suas montras tornaram-se icónicas pela sua grandiosidade e requinte. O seu ambiente transparece sempre o ar clássico, mas ao mesmo tempo contemporâneo da loja, através da luminosidade, decoração, texturas e atendimento.

O objectivo da Loja das Meias é criar um ambiente completo, que fique dentro das mentes das pessoas, provocando os sentimentos certos.

«Design is everywhere, and everywhere is now designed.»



NÁDIA DOMINGOS

7301



terça-feira, 2 de novembro de 2010

CULTURA CULTIVADA - André Moreira

Harajuku Style

Harajuku é a área conhecida em volta da “Estação de Harajuku” no município de Shibuya, em Tóquio.
Todos os domingos, jovens envergando os famosos street styles japoneses reunem-se em Harajuku para socializar e, com sorte, serem fotografados.



Os estilos destes jovens raramente se podem definir ou associar a uma orientação espicífica, são antes uma mistura de diversas inspirações, asiáticas e ocidentais, que fazem de Harajuku uma das capitais da moda mais “particulares” do mundo.



A street fashion por lá passeada todas as semanas é divulgada no Japão e internacionalmente por publicações como a Kera, TUNE, Gothic & Lolita Bible, e noutras ainda que mais ocasionalmente, sendo a revista FRUiTS, a mais reconhecida dentro do género.



Esta revista foi criada por Shoichi Aoki em 1997, com fotografias de rua capturando a moda radical japonesa de Harajuku, que inspirou designers por todo o mundo.
Hoje em dia, a FRUiTS é uma fanzine de culto para os seguidores das subculturas desenvolvidas ao longo dos anos em Tóquio, entre as quais o punk e cyber, decora e kawaii (estilo “cute”), ganguro (beach look), kogal (colegial), visual kei (“estilo visual”), roupa inspirada em personagens animadas (anime cosplay) é também bastante popular, assim como o “hand-made style”, e muitas outras variações e subgéneros.

A moda em Harajuku é de tal modo criativa e diferente do que se vê em outras capitais da moda, que tudo o que lá surge se pode designar como “harajuku style”: basicamente, um “mix and match” de peças de grandes marcas com roupa vintage, com uma incomparável inspiração dos trajes japoneses trazidos para a actualidade, sem esquecer a permanente e forte presença das diferentes subculturas.



Harajuku é também um grande distrito comercial que inclui marcas de renome internacional, as suas próprias marcas - a maioria nascida no boom dos anos 80 e 90 e as que ainda se conseguem manter activas - e também lojas com roupas em segunda-mão, ou com artigos mais em conta, especialmente vocacionadas para os jovens com, naturalmente, menos fundos.

Para aprofundar o desenvolvimento da moda neste local há que remontar ao final dos anos 40, em que Harajuku passou de um terreno baldio (depois da II Guerra Mundial) para a zona de habitação dos soldados americanos, chamada Washington Heights.
Durante os Jogos Olímpicos de Tóquio em 1964, Washington Heights foi usada como aldeia olímpica, o que deu uma nova vida à zona.
No início dos anos 70, revistas de moda como a Anan e Non-on, divulgaram a imergência do novo "bairro chic", ao mesmo tempo que a recente estação de metro construída nas proximidades, aumentou o tráfego pedonal.

O “Paraíso Pedestre” da moda pelo qual Harajuku é mais conhecida foi estabelecido em 1977, e no ano a seguir surgiu o agora conhecido complexo de moda, Laforet, seguido por um aumento no número de lojas de roupa.



Por volta dessa altura, a zona passou a ser conhecida por “Din Street” (rua do barulho), pois tornou-se a casa da crescente cena boémia que se vivia, e de vários artistas radicais amadores, devotos de street fashion.
Um desses grupos era designado por “takenoko-zoku” (tribo takenoko). O nome surgiu da música pela qual eram conhecidos, e que durante os anos 70 e 80 os juntava em Harajuku, onde demonstravam regularmente o seu estilo retro cool, que ainda hoje em dia é relembrado na loja de roupa Takenoko que se mantém desde então.



Infelizmente, durante os anos 90, a crise económica provocou incidentes culturais que, eventualmente, conduziram ao decréscimo dos artistas de rua no local, e o número de fãs de visual kei, rockabilies e punks também desceu gradualmente
Hoje em dia são raras as actuações de rua, mas ainda assim, os turistas ficam sempre surpreendidos com a quantidade de jovens que se exibem em Harajuku nos seus trajes criativos e teatrais.



Harajuku é tanto um local como uma tendência de moda; mas embora a tendência se capte actualmente noutras partes do mundo, em mais lado nenhum é tão popular como no seu local de origem.
Como noutras formas de moda, a intenção aqui é a liberdade de expressão pessoal, e embora o Japão não tenha um passado de abertura a novas ideias, o paradigma mudou.



Em Harajuku, não só os jovens se podem vestir sem pressões sociais – pelo menos um dia por semana -, como nem são as marcas que ditam as tendências, mas são sim as pessoas na rua que ditam o que as lojas devem vender.

Harajuku é um distrito único, de moda e entretenimento, não só em Tóquio, mas também noutras partes do mundo, pela forma caracterírtica como o público se relaciona com a moda, e pela relação singular que esta tem com o mercado.

Contudo, ao contrário do que se pode pensar do lado de fora, Harajuku não é só para os jovens fashionistas, mas para todos os gostos, com vários cafés e restaurantes temáticos, diversas lojas e boutiques, desde o mais caro ao mais barato – sendo todos os diferentes tipos de mercado divididos geograficamente por ruas dentro da zona.